Este é o espaço reservado para nossas
manifestações, sejam através de poesia, fotos, depoimentos ou qualquer outra forma de
expressão que a Internet permita.
Quem se habilita?
Esta é uma poesia que a Hélide nos enviou.
ainda não
aquela máscara de tristeza
graças a Deus
ainda não colou em meu rosto.
às vezes não sei não, passa perto,
como inda a pouco.
tão perto, tão sutil
talvez tente me enganar
me namora e me seduz
quando quero escapar.
aquela máscara de tristeza
vem assim...quando menos se espera...
vem pertinho, sinto a brisa
molha os olhos sem querer
mas sou eu quem a vigia
bem do meio do salão
não há meios saio em fuga
busco aqui no coração
a criança brincalhona, a leveza e a grande
emoção
de viver.
que a minha criança sempre viva
que os anjos sempre nos acompanhem
que os amigos continuem nos caminhos
que os caminhos nunca terminem...
não , aquela máscara de tristeza, com
certeza,
ainda não colou em meu rosto!
hélide
A Regina Cambraia mandou este texto em
05.10.01
Meus olhos observaram com
avidez os rostos de todos os que estão na foto
dos 16 anos...
nossa, como é difícil perceber o tempo passar tão rápido e, ao mesmo tempo, parece que
dentro de mim aquele momento de vida é tão presente, atual, vivo na memória...
Na verdade, nossa capacidade de memorizar rostos, sinais, características particulares,
que pode parecer infinita, nos prega peças...
Alguns rostos são familiares, mas... meu Deus... que nome eles têm...
Não importa, sempre há uma possibilidade de recordação e de resgate dos contatos de
outros tempos.
Há uma linda frase de Luis Buñuel que diz:
"É preciso começar a perder a memória, mesmo que a das pequenas coisas, para
percebermos que é a memória que faz nossa vida.
Vida sem memória não é vida ...
Nossa memória é nossa coerência, nossa razão, nosso sentimento, até mesmo nossa
ação. Sem ela somos nada ..."
Um abraço a todos
Regina Nuzzi Cambraia (São José Rio Preto- SP)
Este é da Hélide, enviado em 06.10.01
cavalos brancos
ah! estes cavalos, quanta responsabilidade carregam
ao carregar consigo príncipes, armaduras e espadas
quantos desejos e sonhos e castelos
quantas sombras de vitórias
quantas vagas histórias
cavalgadas até a exaustão, esfumaçadas.
ah! estes cavalos brancos, lindos!
contidos em cada ser
em cada semente de esperança
quanto carregam de fogo e dor, aliança
das sobras dos montros dos caminhos
traçados em ventanias. escaramuças.
ah! o meu quero bem negro, reluzente
fogoso, rebelde, carregando seu vigor
olhar devastador só de meu desejo são
levantando faisca, patas triscando o chão
pois se nada puder carregar, alem de si
não terei colhido amargo, ou apostado em vão.
hélide
A Cida Dávoli mandou este comentário em 06.10.01
Achei "tudo" ter um site nosso.
Queria dizer que se podemos recuperar a memória com estas fotos, com nosso encontro, com
nossas histórias, tentando evocar fatos daquele tempo, é porque conseguimos sair
vitoriosos daqueles época, onde tudo que se pretendia é que não tivessemos mais
história/memória. Fico muito contente de estarmos juntando esforços para que isso
aconteça. Vamos tentar recuperar esta experiência de sermos grupo, com toda a força que
esta experiência nos traz, apesar de nosso tempos nos levar para isolamentos (tão
confortáveis) mas tão incômodos.
Obrigada pelo site. DEZ.
Cida
Este texto foi enviado pelo Ronaldo Schutz (1086/72), de
Portugal
Oi turma!
Parabens a todos, e um cumprimento especial aos promotores da iniciativa. Não poderei
estar presente, mas estarei com vocês nos meus pensamentos! Ainda tentei falar com a
Panair, mas não consegui nada.
O site da turma está muito atraente e motivador. Ao visitá-lo sobressaltam-nos
memórias, devaneios, emoções. O idealismo com que consideravamos (estar com) o Mundo
não é aquele com que o Mundo nos considerava... Na Guerra Cívil Espanhola, os
Anarquistas (também) ficavam discutindo aspectos éticos e humanos, enquanto as coisas
aconteciam. A posterior vitória, e o horror desencadeado pelos seus antípodas
ideológicos transformou-os em herois. Fomos quem mais apanhou com o desterro na
"Ruben Berta", que nos cerceou de toda uma mundivivência universitária. Coisas
dos anos de chumbo, época negra que comprometeu o futuro da Latinoamerica, e em última
instância repercute até hoje.
Vendo a lista de participantes, lembrei-me de muita gente, e de muito boa gente. Dos
professores, apenas tive (o privilégio de ter) aulas com a Lídia Aratangy, Narizinho que
com pó de Per-Lim-Pim-Pim transformava lições de Genética em lições de Vida.
Boa reunião, saudades,
Ronaldo
Algarve, Outono 2001
Enviado pela Hélide em 14/10/2001
nossos 25 anos
o brilho é de prata
e prata tão nobre não há
dito que é gente que brilha
qual gente que é nobre
que é prata no tempo e na trilha
mas, ouro dourado na vida
de prata vividos intensos
anos forjados em metal e flor
não sem a força da espada
guerreira vencendo a batalha
não sem a busca dos sonhos
não sem a forja do amor
dócil é a lamina que abriu o caminho
rasgando os enganos largando as meadas
de força é a flor que jamais descuidou
do sonho sutil, da alma sonhada
o brilho da prata é o termo
do meio da larga vitoria
é pouco no entanto, é o começo
do ouro dourado a seguir
em cada alma talhada
em flor em prata banhada
o brilho é do ouro da vida
o dourado bem do porvir.
em cada canto que se conte
quanta vida houve e há
e quanto amor ... de nós virá!
A todos nós
turma de 72
hélide
Pessoal: Veja o depoimento da Clarissa.
Demais!!!!
Vocês me surpreenderam!Recebi vários
telefonemas falando da nossa festa e sempre respondi com evasivas. Sabe,como é? Pensei:
vou fazer o que naquela festa? Comparar as rugas? Ver quem engordou mais? Sorrir querendo
mostrar que dei certo na vida?! Nada disso, com quem permaneceu está aí e encontro
sempre.Foi quando recebi,no último domingo o telefonema do Miguel, insistindo mais uma
vez, e me dando o endereço do site. Aí gente foi impactante. Aquelas fotos,o carinho da
comissão preparando a festa, a lembrança e os depoimentos, não aguentei! Vamos nos ver,
sem dúvida! Quero convidar a todos que estejam em dúvida, receosos, embaraçados.
Podemos nos ver, com sinceridade. Um abraço a todos e desde já obrigada pelo empenho
desse resgate.
Clarissa
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